Informações Gerais
Título
Ângelo Bobo
Descrição
Composição em preto e branco. Linhas paralelas, curvas, tracejados e sombreados. Cena de homem, crianças e animais em paisagem de Brodowski. No centro da composição, homem com traços fisionômicos representados, vestindo casaco com capuz, mangas compridas e calças compridas com remendos. Está com as mãos escondidas nos bolsos do casaco e pés descalços. Ao seu lado, um pouco mais atrás, menino com a cabeça voltada para a esquerda, sem traços fisionômicos, veste camisa com retalhos e calças compridas, sendo que na perna esquerda está arregaçada até o joelho e segura na mão esquerda um estilingue. Mais à direita, menino de frente, com traços sugeridos, usa chapéu, camisa clara e calças com retalhos arregaçadas até os joelhos. Segura na mão esquerda uma espécie de alçapão. À direita, carneiro de frente e poste que começa no canto inferior direito e se estende por toda altura do suporte, e tem fios passando em seu topo. À esquerda, uma galinha deitada com pintinhos em volta e um peru de frente. Mais atrás, duas galinhas e menino montado em cavalo. Eles estão de costas, ligeiramente voltados para a direita, e o menino está com a mão direita estendida para a frente do corpo. Na frente do menino, um poste que tem na ponta uma escada pendurada, um martelo e uma torquês. Ao fundo, casas e plantações cortada por estrada no meio e, tendo à direita, plantações e construção cercada por muro, lembrando cemitério e ao lado, dentro de cercado, gado pastando. Chão em linhas curvas e paralelas. Céu em linhas rápidas e sol em linhas curvas que descem até a linha do horizonte.
Autoria
Candido PortinariPessoa
Observações Históricas
Ângelo Bobo era filho de um pedreiro que veio da Itália morar em Brodowski, SP. Era uma figura muito popular na cidade, como registrou Portinari em seu diário: “Muito simpático, não falava quase e viveu entre nós durante toda a infância. Andava sempre de mãos para trás, era alto e muito pálido. Conhecia todos e todas as casas; entrava na nossa e ia nos fundos até a cozinha. Sabia onde era guardado o leite e servia-se e se ia embora sem nada dizer. Às vezes desaparecia durante três ou quatro dias, voltava sujo de barro vermelho e rasgado. Assim ia levando a vida até que, certa ocasião, saiu e nunca mais voltou. Pensam que tenha caído em algum rio” [LV 5, p. 46].
Descritores
Relações
Evento relacionado3
Documento relacionado7
Técnica e Suporte
Autenticidade
Autenticidade
706
Dimensões
Altura (cm)
34
Largura (cm)
48
Assinatura e Anotações
Assinatura (transcrição)
Assinada e datada na metade inferior à direita "Portinari 57"