Prêmios e condecorações | Portinari

Prêmios e condecorações de Portinari

1922

Menção Honrosa da Exposição de Arte Contemporânea da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA)

Primeira distinção concedida ao artista

Retrato do Dr. I. F. 1922

1923

Medalha de Bronze da XXX Exposição Geral de Belas Artes da ENBA

Prêmio de Animação* da Galeria Jorge

Prêmio em dinheiro

Estas foram suas primeiras condecorações

*prêmio de incentivo artístico da época

Composição nos tons ocres, cinzas, verdes e terras. Textura lisa. Retrato de Paulo Mazzucchelli, ocupando o centro da composição, em seu ateliê de escultura. A composição mostra o retratado até o meio das pernas. Ele está em pé, de frente, rosto 3/4 voltado para a direita, tem rosto alongado, cabelos escuros penteados para trás, testa muito larga, olhos amendoados voltados para a direita, nariz afilado, lábios finos e fechados, queixo comprido e arredondado. Usa um guarda-pó cinza abotoado na frente com gola aberta vendo-se parte da camisa e da gravata. Braço direito dobrado com polegar apoiado no cinto do guarda-pó e braço esquerdo dobrado quase na horizontal apoiado num banco alto que está a sua esquerda, na mão esquerda segura um formão. Nesse banco vê-se escultura de meio-busto de mulher de frente. Ao fundo, à esquerda, grande placa de mármore retangular, na vertical, encostada numa parede, com figura esculpida de mulher nua de perfil para a esquerda; ao centro e à direita, outra placa de mármore de forma retangular na horizontal, como se estivesse pendurada na parede, na altura das costas do escultor. — Retrato do Escultor Paulo Mazzucchelli 1923

1924

Pequena Medalha de Prata da XXXI Exposição Geral de Belas Artes da ENBA

Composição nos tons terras, ocres, rosas, azuis, preto e branco. Textura lisa. Retrato de busto de homem ocupando a quase totalidade da área do suporte, contra fundo liso em tons de terra. O retratado está de frente ligeiramente voltado para a esquerda, tem rosto retangular, cabelos escuros divididos ao meio, penteados para os lados, com pequeno "bico-de-viúva" no centro da testa, que é muito larga; sobrancelhas apenas sugeridas, olhos amendoados voltados para a esquerda, nariz curto, lábios bem definidos, fechados e queixo reto. Usa terno em tom terra com colete com dois botões pretos, camisa branca com pinceladas azuis sugerindo sombreado e gravata marrom-avermelhada, com lista azul na diagonal, com sugestão de pérola espetada. O retratado tem os ombros estreitos sendo que o direito está cortado pela margem lateral do suporte. Luz incidindo pelo centro da composição criando área de sombra sobre a face direita do retratado. — Retrato de Antônio Grellet 1924

Composição nos tons terras e ocres (predominantes), preto, branco, rosas, vermelhos e azul. Textura lisa e espessa no branco. Retrato de Manoel Santiago, contra fundo liso. O retratado parece estar de perfil para a esquerda com a cabeça voltada para a frente, 3/4 para a direita. Tem rosto oval, cabelos pretos penteados para trás, testa alta e larga, sobrancelhas escuras e grossas, olhos voltados para frente, semicerrados atrás dos óculos de aros redondos e finos. Nariz rosado e lábios finos fechados. Pincelada grossa branca envolve o pescoço em textura espessa. Fundo liso em tom terra e luz incidindo pela esquerda. — Retrato de Manoel Santiago 1923

Composição em tons não identificados. Textura não identificada. Retrato de meio-corpo de mulher sentada, ocupando a totalidade da altura da composição. A figura está ligeiramente voltada para a esquerda, tem cabelos curtos volumosos, encobrindo as orelhas e parte da testa. Sobrancelhas espessas, olhos redondos, nariz longo, um pouco largo; lábios finos fechados, rosto oval e pescoço visto por gola canoa e retangular do vestido. Usa sobretudo de gola alta encobrindo parte do vestido e colocado por cima dos ombros, escondendo o braço direito. O braço esquerdo está à mostra, como se estivesse apoiado em braço de cadeira. Mão esquerda apoiada no joelho esquerdo, com os dedos esticados para baixo. Fundo indefinido. — Retrato de Mulher 1924

Composição em tons não identificados. Textura não identificada. Retrato de meio-busto de mulher, ocupando quase a totalidade da área do suporte. A figura está de frente, ligeiramente voltada para a esquerda, tem cabelos curtos, encobrindo as orelhas e parte da testa. Sobrancelhas arqueadas, olhos amendoados, nariz pequeno e lábios fechados. Usa roupa com decote em "V", parecendo ter capa com gola alta por cima. Fundo liso. — Retrato de Cândida de Gusmão Cerqueira 1924

Retrato de Attílio M. Alves 1924

Retrato de Maria Lydia 1924

Composição em preto e cinza. Linhas de contorno e sombreados. Retrato de meio-busto de mulher, ocupando quase a totalidade da área do suporte. A mulher está de frente, tem cabelos divididos ao meio e presos para trás, cobrindo-lhe as orelhas, sobrancelhas grossas arqueadas, olhos amendoados, olhando para a frente, com sombreados escuros, nariz pequeno, lábios bem delineados fechados e pescoço longo com gargantilha. Usa roupa com decote em "V", contornado por panejamento volumoso. Fundo liso. — Retrato de Edith de Aguiar 1924

1925

Pequena Medalha de Prata da XXXII Exposição Geral de Belas Artes da ENBA

Composição nos tons verdes, azuis, ocres, branco, rosas, terras e vermelho. Textura lisa, pinceladas marcadas e espessas na gravata, colarinho da camisa e nas pontas dos pincéis sujos de tinta de vários tons. Retrato quase de corpo inteiro de Paulo Gagarin, sentado de perfil para a esquerda e cabeça 3/4 voltada para frente. O retratado é magro, tem rosto oval, cabelos castanhos com entrada pronunciada à direita, curtos e cortados rente à orelha. Testa alta e larga, sobrancelhas retas, olhos amendoados em tom azul-acinzentado, nariz com saliência no centro, lábios finos fechados e queixo pontudo com cova centro. Veste camisa branca de colarinho com reflexos azulados e esverdeados, gravata azul representada por pinceladas largas e espessas e calças em tons ocres. Tem os braços pousados no colo, sendo que na mão direita segura pelo cabo um punhado de nove pincéis, cujas pontas contêm tintas coloridas em textura espessa. O espaldar da cadeira, onde está sentado, está coberto por panejamento em tons rosas, ocres e branco. Fundo com montanhas escarpadas em tons esverdeados, mais altas e escuras, à esquerda. A paisagem se dilui para o fundo, em tons azulados e esverdeados, entremeados por tons ocres. Céu azul claro. Luz incidindo à direita, deixando parte do rosto sombrio. — Retrato de Paulo Gagarin 1924

1926

Prêmio de Animação da Galeria Jorge

Prêmio em dinheiro

Composição nos tons terras, verdes, azuis, ocres, vermelho e rosa. Textura lisa. Retrato de corpo inteiro de Roberto Rodrigues ocupando toda a altura da composição, contra fundo de paisagem ao ar livre. O retratado está em pé, 3/4 voltado para a esquerda, ligeiramente à direita da composição. Tem rosto alongado, usa chapéu de feltro cobrindo quase toda a testa, sobrancelhas muito grossas e retas, olhos muito grandes e escuros voltados para a esquerda, nariz ligeiramente adunco, lábios carnudos e fechados e queixo reto. Usa terno em tom terra e sobretudo nos ombros em tom verde escuro. Braço direito dobrado com mão apoiada numa bengala com cabo em forma de semicírculo, braço esquerdo, também dobrado, segurando entre os dedos um charuto. Fundo com paisagem ao ar livre com morros ao fundo, à direita, céu com nuvens. Na margem lateral direita da composição, ao lado da cabeça do retratado, parte da copa de uma árvore com folhas. — Retrato do Pintor Roberto Rodrigues 1926

Composição nos tons escuros de terras, ocres, preto e branco. Textura lisa (camada pictórica escurecida pelo verniz). Retrato quase de corpo inteiro do poeta Olegário Mariano ocupando a quase totalidade da área do suporte, e ao fundo uma paisagem, céu e nuvens, quase que imperceptível devido ao escurecimento do verniz. O retratado está de pé, de frente, tem os cabelos pretos penteados para trás, com topete caído do lado esquerdo da testa, rosto fino, sobrancelhas retas, olhos amendoados, nariz longo, lábios finos fechados e queixo pequeno arredondado. Veste camisa branca de colarinho, gravata com listas claras horizontais presa com alfinete com pérola, e jaquetão escuro traspassado na frente, com quatro botões e lenço claro no bolso esquerdo na altura do peito. Tem sobre o ombro direito, o que parece ser uma capa, em tom terra mais claro do que o do jaquetão e que lhe caí até à altura das pernas. Está com a mão direita apoiada na cintura, com os dedos mindinho e anular dobrados e meio e indicador esticados. A mão esquerda está dentro do bolso do jaquetão, sugerida pela faixa branca de indicar o punho da camisa. No fundo, praticamente invisível devido ao verniz, distingui-se uma paisagem marítima, com morros, contra céu marcado por nuvens. — Retrato do Poeta Olegário Mariano 1926

1927

Grande Medalha de Prata da XXXIV Exposição Geral de Belas Artes da ENBA

Composição nos tons cinzas, lilases, rosas, azuis, ocres, terras, branco e vermelho. Textura lisa. Retrato de mais de meio-corpo de homem, sentado, contra fundo cinza rosado. O retratado está 3/4 voltado para a esquerda, com as mãos juntas apoiadas sobre a perna direita. Tem o rosto magro alongado, cabelos escuros penteados para a esquerda, testa larga, olhos amendoados voltados para a direita, vistos através de óculos redondos de lentes transparentes e aro fino; nariz reto avermelhado, lábios rosados bem delineados e queixo também reto. Veste terno cinza azulado, camisa branca e gravata azul com listras diagonais em vermelho. Fundo em tons de cinzas e violáceos. — Retrato do Dr. Antônio Ferreira dos Santos 1927

1928

Prêmio de Viagem ao estrangeiro concedido pelo Conselho Superior de Belas Artes da ENBA

Este prêmio possibilitou o artista passar cerca de dois anos estudando em Paris

Composição nos tons preto, ocres, rosas, amarelos, cinzas, terras e lilás. Textura lisa. Retrato de Olegário Mariano, em pé, ocupando a quase totalidade da área da composição, contra fundo ocre. O retrato está cortado na altura do meio das pernas. O retratado tem o corpo 3/4 voltado para a esquerda e cabeça quase de frente; rosto oval, cabelos escuros penteados para trás com parte caída sobre o lado esquerdo da testa que é larga, sobrancelhas retas, olhos amendoados voltados para frente, nariz afilado, lábios finos e fechados, queixo longo, reto com cova no centro. Usa fardão da Academia Brasileira de Letras, escuro, com gola em pé, no peito sugestão de folhas de acanto. Braço direito dobrado segurando chapéu com penacho branco contra o corpo, braço esquerdo ligeiramente flexionado com mão no bolso da calça, vendo-se próximo espada presa a cintura. No canto superior direito, um escudo com armas. Fundo em tons ocres, claro à esquerda, escurecendo para a direita. — Retrato de Olegário Mariano 1928

1935

2ª Menção Honrosa do Carnegie Institute (Pittsburgh, PA)

Primeiro prêmio estrangeiro do artista

Composição nos tons terras, verdes, ocres, cinzas, branco, preto, amarelos e rosas. Textura lisa. Cena de cultura de café. No primeiro plano, à esquerda, colona sentada no chão, de perfil para a direita, descalça, usando vestido e pano na cabeça. Ao centro, dois carregadores de café, com sacas na cabeça, usando camiseta e calças, um de frente e outro de perfil para a esquerda, este último cortado na altura das pernas pela margem inferior do suporte. À direita, por trás de uma saca de café aberta, figura de homem 3/4 voltado para a esquerda usando chapéu, lenço no pescoço, camiseta e calça, segurando um balde na mão esquerda. No segundo plano, da esquerda para a direita: nove sacas de café empilhadas, vários montículos de café e uma figura, quase de frente, inclinada para frente, parecendo arregaçar as calças. No terceiro plano, da esquerda para a direita: figura de capataz de perfil para a direita usando botas, com o braço direito esticado apontando para a frente, na direção de vários homens inclinados ensacando café; um coqueiro; vários montículos de café e homens trabalhando. No fundo, da esquerda para a direita: vários carregadores de café com sacas na cabeça; cafezal com figuras colhendo café; e homem subindo numa escada. — Café 1935

1950

Medalha de Ouro da Paz no 2º Congresso Mundial dos Partidários da Paz, em Varsóvia, Polônia

Composição nos tons azuis, violetas, lilases, cinzas, branco, terras, ocres, rosas, amarelos, verdes, vermelhos, preto e laranjas. Textura lisa. Elementos da composição construídos através de superposições e justaposições de formas geométricas coloridas, regulares e irregulares. Manchas disformes de cor, transparências contrastando com áreas coloridas compactas e opacas, luminosidade intensa, mesmo nas áreas mais escuras, caracterizam a composição. Em alguns pontos os tons claros, cuidadosamente distribuídos, amenizam o peso dos tons escuros. Em outros, os tons claros são usados em marcante contraste com os escuros. Características adicionais: verticalidade obtida por figuras em pé, dispostas lado a lado, formando blocos; postes distribuídos; divisão das três telas; áreas verticais de cor. Ausência de linhas de contorno e de movimento - figuras estáticas reunidas em grupos que compõem formas. O desenvolvimento do tema é visualmente feito no mesmo plano espacial, cenas temporal e espacialmente acontecidas em momentos e locais distintos, são representados lado a lado. Composição narrativa e didática. Além do conhecimento do fato histórico, o que faz com que seja possível identificar as cenas como distintas e em sucessão temporal, é a composição acentuadamente diagonal de cada uma delas e a mudança de cores de uma cena para a outra. Primeira cena: representa os conjurados conspirando e mulheres acorrentadas que simbolizam a nação brasileira sob o jugo da metrópole. Ao centro, grupo de homens em pé e de frente, vendo-se os dois da frente de corpo inteiro e por trás destes, quatro rostos com traços fisionômicos definidos. O primeiro à esquerda é Tiradentes, representado com uniforme de alferes da 6ª. Companhia do Regimento de Dragões de Vila Rica. Está sem barba e sem bigode, cabelos presos e tem as mãos na altura da cintura segurando corrente grossa. O da direita é José Álvares Maciel lendo um livro, que segura à altura do rosto. O grupo compõe uma área triangular cujo vértice superior é formado pelas cabeças dos demais componentes. À esquerda do grupo, cortado pela margem lateral do suporte, grupo de mulheres em pé, voltadas para a direita, vendo-se as duas da frente de corpo inteiro, com as mãos no rosto e cabelos caídos para a frente e uma corrente pendendo das mãos de uma delas. Das demais componentes do grupo vêem-se apenas as cabeças. Acompanhando a linha diagonal que delimita a primeira cena, outro grupo de mulheres acorrentadas com as mãos no rosto e cabelos longos caídos para a frente. Ao lado delas, quatro crianças negras, também envoltas em correntes e um bauzinho em tons de cinza e branco no chão. Por trás dos dois primeiros grupos, três postes altos e representação de montanhas ao fundo. Segunda cena: separada da cena anterior por marcação em diagonal para a esquerda, esta cena representa a leitura da sentença condenatória dos conjurados. O grupo de conjurados está concentrado à esquerda, têm traços fisionômicos levemente indicados, cabeças e rostos luminosos em tons claros de rosas, azuis, amarelos e verdes. À frente do grupo o velho Rezende Costa, acorrentado, cabisbaixo, sustentado por seu filho que o enlaça. Ao centro, Tiradentes com bigode, barba e cabelos compridos, camisa violeta, calças coloridas e botas escuras. Está com os braços cruzados, face direita iluminada e esquerda sombria, cabeça 3/4 voltada para a direita, na direção de grupo composto de meirinhos, encabeçado pelo desembargador Francisco Luiz Alves da Rocha, representado pela primeira figura do grupo, quase de costas, de casaca e segurando nas mãos, papel onde lê a sentença do tribunal. Esta cena se passou na sala do oratório da cadeia, cujas paredes são representadas por formas coloridas geometrizadas. É a única cena onde não há postes representados. Terceira cena: representa o enforcamento de Tiradentes no Campo de São Domingos, a 21 de abril de 1792. Servindo de fundo para a cena, o corpo de Tiradentes pendurado na forca, montada sobre patíbulo alto de forma quadrangular, com escada à direita. À volta do patíbulo, regimento militar formando área triangular, estando as figuras que compõem a base do triângulo de frente, usando uniforme do regimento de Moura. Representação de grupos distintos assistindo ao enforcamento: ao fundo, formando um paredão humano, multidão representado em tons claros de rosas, azuis, verdes, cinzas e branco; à esquerda, na frente, grupo de pessoas em pé, vestindo trajes da nobreza da época, estando 2/3 deste grupo na sombra, indicada por dois triângulos em tons escuros e o restantes do grupo sob área triangularmente iluminada, com algumas cabeças em destaque, umas de frente para o patíbulo e outras de costas. À direita deste grupo, duas mulheres ajoelhadas, de frente, uma chorando, com as mãos no rosto e cabelos caídos para a frente e a outra parecendo consolá-la. Por trás das mulheres, grupo de homens em pé, de costas, voltados para o patíbulo, usando também trajes de nobres. Quarta cena: representando o esquartejamento de Tiradentes, está separada da cena anterior por marcação diagonal para a direita. Em primeiro plano, ao centro, o corpo esquartejado de Tiradentes, preso por corda grossa a um poste fincado em estrado. A cabeça está sobre o estrado, de frente, abaixo dos despojos e há manchas de sangue ao redor dela. À volta do estrado, representação de figuras do povo com rosto expressivos, alternados em zonas de luz e sombra. Em segundo e terceiro planos, à esquerda e à direita, grupos de pessoas que constroem áreas em tons de rosa e azul à esquerda e áreas em azul e branco à direita. Postes altos espalhados entre a multidão e montanhas ao fundo. Quinta cena: mostra a distribuição dos quartos de Tiradentes. Em meio à representação da paisagem montanhosa do caminho novo de Minas, quatro postes dispostos em diagonal da frente para o fundo e da esquerda para a direita, com os quartos do mártir pregados no alto. Compondo o restante da cena: chão geometrizado em colorido vivo, com vegetação estilizada; cinco urubus sobre tora de madeira e outros três pousados no chão; grupo de retirantes entre o segundo e o terceiro postes e mais atrás, grupo menor de pessoas, apenas indicado. Sexta cena: representa a emancipação da nação brasileira, através do grupo de mulheres levantando correntes rebentadas. À esquerda do centro da cena, um poste alto, sobre o qual há um nicho com a cabeça de Tiradentes. À esquerda do poste, um grupo de cinco pessoas enlaçadas, transmitindo sofrimento, tendo à frente uma mulher sentada com criança no colo. Por trás do poste, um grupo de pessoas apenas esboçado, compondo área em azul. Na extrema direita da composição, grupo de mulheres em pé e de frente com cabeças representadas à semelhança da personificação da liberdade, estando a figura de frente com os braços erguidos, sugerindo ter rebentado a corrente, cujos elos caem até o chão, simbolizando o lema "Liberdade, ainda que tardia". — Tiradentes 1949

1956

Prêmio Nacional Guggenheim

Composição em tons não identificados. Textura não identificada. Cena representando quatro mulheres chorando, ocupando a totalidade da área do suporte. As figuras estão ajoelhadas de frente, têm cabelos longos e usam vestidos com saias rodadas, de panos com linhas paralelas e transversais sobre tons claros e escuros em formas geométricas irregulares. À esquerda, mulher de frente com as mãos encobrindo o rosto. Ao seu lado, mulher encobrindo também o rosto com as mãos. Entre elas, atrás, vê-se a cabeça de outra mulher, encobrindo o rosto com as mãos. À direita, quase atrás da segunda mulher, outra mulher com o rosto voltado para cima e a mão esquerda na face esquerda. Fundo em áreas geometrizadas irregulares. — Mulheres Chorando 1955

1957

Menção Honrosa no 4º Concurso Internacional de Arte Hallmark

Composição nos tons amarelos, ocres, terras, cinzas, branco e preto. Textura lisa e linhas de contorno. Cena representando carnaval, com várias figuras e fundo geometrizado. Da esquerda para a direita, três homens dançando o frevo, sendo que o primeiro está voltado para a esquerda, agachado e apoiado no pé direito, com braços e perna esquerda esticados para a frente. O segundo homem está na mesma posição, de frente. O terceiro homem está de frente, em pé, com os pés cruzados e segura um guarda-chuva com as duas mãos. Ao lado desta figura, homem em pé de frente, à esquerda do centro da composição, com o braço direito levantado, segurando uma espécie de espingarda na mão esquerda e usando roupa e chapéu de cangaceiro. Ao seu lado, menino de frente, apoiado no chão com a mão direita e corpo levantado no ar, esticado para o fundo e para a direita. Ele tem traços fisionômicos sugeridos. Atrás desse menino, homem voltado para a esquerda, usando fantasia de bumba-meu-boi, chapéu de palha com abas e está com os braços esticados e mãos abertas. Mais para a esquerda e para frente, menino plantando bananeira, com as mãos e cabeça no chão. No terceiro plano, à esquerda, esboço de um homem tocando clarineta e usando chapéu; à direita, esboço de um grupo com várias pessoas. Fundo com áreas geometrizadas irregulares em vários tons. — Carnaval 1957

1958

Obra premiada na exposição 50 Ans d’Art Moderne, em Bruxelas, Bélgica

Composição nos tons cinzas, pretos, ocres, branco, terras, verdes, rosas, vermelhos, azuis, lilases e amarelos. Textura lisa e espessa, e pinceladas marcadas. Figuras contornadas de preto e deliberada deformação expressiva. Cena de cortejo de enterro com dois homens carregando rede e mulheres suplicantes. No centro da composição, mulher de costas ajoelhada, com os braços esticados para cima e mãos abertas com dedos terminando abruptamente sugerindo atitude de desespero. Tem cabelos escuros caídos nas costas, usa blusa com remendos, saia ampla e está descalça. À sua frente, vê-se rede que atravessa a quase totalidade da largura do suporte, amarrada em tronco cujas extremidades estão apoiadas sob os ombros direitos de dois homens que estão de perfil para a direita. Eles tem rostos deformados, traços fisionômicos indicados, usam camisa de mangas compridas, calças arregaçadas deixando de fora parte das pernas e estão descalços. Têm pernas ligeiramente flexionadas e afastadas. A figura, à esquerda, tem o braço direito ao longo do corpo com mão fechada e mão direita apoiada sobre o tronco que sustenta a rede. A figura, à direita, está com o braço direito dobrado com mão segurando o tronco. À direita, por trás desta última figura, mulher ajoelhada de perfil para a direita com as mãos postas junto ao rosto. Ela usa vestido e está descalça. As pessoas parecem estar ao longo de um caminho onde se vêem algumas pedras espalhadas assim como a projeção de sombras das figuras. Ao fundo, áreas geometrizadas sugerindo morros que seguem até à margem superior do suporte. — Enterro na Rede 1944

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